Festa para receber a medalhista na maratona do Pan, em Cruzeiro |
Adriana da Silva celebrou a vitória desfilando pela cidade em cima do trio elétrico |
Quantos abraços, acenos, sorrisos. Entre tantos, um especial: o da maratonista Adriana da Silva. O dourado da medalha reluz uma sensação que poucos terão o prazer de desfrutar. “Foram muitos anos para chegar até aqui. Foram muitos anos de trabalho e sempre pensando nesse sonho realizado. Tem horas que eu não consigo medir o tamanho da minha alegria”, disse. A maratonista começou a carreira correndo pelas ruas da cidade. E foi ainda pequena, no projeto Papaléguas, que ela largou para o sucesso. Hoje em dia, a nova geração compartilha o mesmo sonho. “Ela é um bom exemplo para nós, porque o objetivo dela alcançado. E o meu sonho agora é ser campeão. Pretendo chegar lá até 2016”, disse uma das crianças do projeto. Aos 30 anos, Adriana foi além do que muitos esperavam. Medalha de ouro nos Jogos Panamericanos do México, batendo um recorde que já durava 12 anos. “A emoção é muito, como na São Silvestre de 2004, que ela subiu ao pódio como terceira colocada. Não tem palavras, só Deus mesmo”, disse o primeiro técnico da atleta, Jorge Carioca. Para quem está hoje no topo das Américas. O desafio para o futuro é alcançar as Olimpíadas, mas para conseguir chegar a Londres, Adriana vai ter que correr mais ainda. Para representar o país nos Jogos Olímpicos, a cruzeirense terá que baixar a marca do Pan em sete minutos. “É o próximo objetivo, não é fácil, esse é um índice forte, mas a gente já está trabalhando para isso. No ano que vem esse é o objetivo”, disse Adriana. Mas hoje, o desejo dessa maratonista - que vive contra o relógio - era que o tempo parasse para poder eternizar esse grande momento. |