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segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Acidente com bondinho de Campos do Jordão repete tragédia de 1959

Cenário deste sábado é o mesmo de acidente ocorrido há 53 anos.
Cruz, colocada em homenagem ao motorneiro morto, permanece intacta.

Renato Ferezim
Do G1 Vale do Paraíba e Região
Trem da Estrada de Ferro Campos do Jordão andou cerca de 30 metros fora da linha. O veículo parou ao lado da cruz de um acidente idêntico ocorrido em 1959 (Foto: Renato Ferezim/G1)Bonde da Estrada de Ferro Campos do Jordão andou cerca de 30 metros fora da linha. O veículo parou ao lado de uma cruz, uma referência a um acidente idêntico ocorrido em 1959 (Foto: Renato Ferezim/G1)
 
Eram 17h50 de sábado (3) quando o trem partiu da estação de Santo Antônio do Pinhal. Nele, 39 turistas que haviam passado o dia em Campos do Jordão, retornavam. Segundo comerciantes do local, nenhum deles havia comentado sobre qualquer anormalidade no passeio.
Chovia e havia neblina. Cerca de dez minutos depois da partida o trem entrava em uma descida em linha reta, de pouco mais de 300 metros. Segundo os passageiros, o veículo parecia desenvolver alta velocidade. Em uma curva, a Automotriz 02 da Estrada de Ferro Campos do Jordão saiu da linha, acertou um barranco e foi levando parte da vegetação do local. Andou fora da linha por pouco mais de 30 metros e parou exatamente ao lado de uma cruz de pedra.
A cruz é uma homenagem ao motorneiro - condutor do bondinho - Benedito 'Viola' da Silva, morto em 1959 em um acidente idêntico, ocorrido no mesmo local. "O trem veio em alta velocidade e desceu muito rápido. Machucou muita gente e morreu o motorneiro", diz Geralda dos Santos, de 60 anos.
Na época, o trem servia como transporte para mercadorias entre Pindamonhangaba e Campos do Jordão. Também servia de transporte para moradores que trabalhavam na cidade vizinha.
Geralda dos Santos se recorda de acidente semelhante ocorrido em 1959, na Estrada de Ferro Campos do Jordão (Foto: Renato Ferezim/G1)Geralda dos Santos lembra de acidente semelhante
ocorrido em 1959. (Foto: Renato Ferezim/G1)
Geralda não estava no trem neste dia, mas a cunhada, que morava no Rio de Janeiro, fazia o passeio pela primeira vez. "Ela ficou muito tempo depois com problemas de saúde devido ao acidente. Faleceu um tempo depois", diz a moradora em Santo Antônio do Pinhal que quando soube do acidente resolveu visitar o local.
Mesmo após o acidente deste sábado, a cruz de pedra permanece intacta. Ao lado dela está uma queda d'água e uma ribanceira. Se o trem tivesse seguido mais alguns metros, a tragédia poderia ter sido maior.

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